Cotas de gênero e raça na política
Quadrinho inédito de Guti sobre cotas de gênero e raça na política
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Quadrinho inédito de Guti sobre cotas de gênero e raça na política
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Entre Julho e Outubro de 2022 os quadrinhos inéditos que você recebe em primeira mão serão sobre política. O motivo é óbvio: estão chegando as eleições mais importantes desde a redemocratização no Brasil e a gente precisa se informar.
Essas HQs são produzidas pela parceria que estamos realizando junto com o projeto @meuvotoserafeminista
O tema de Agosto é: Por que precisamos de cotas de gênero e raça na política?
As cotas eleitorais de gênero e raça existem para superar as desigualdades de condições de disputa e acesso aos espaços de poder entre homens e mulheres, pessoas negras e brancas. A realidade é muito desigual e as mulheres, especialmente as negras, indígenas, periféricas, têm menos recursos econômicos, visibilidade, tempo e apoio para estar na política. Os obstáculos concretos e os culturais, baseados em estereótipos de gênero, tornam a estrada política das mulheres muito mais difícil, isso fica evidente com o nosso parlamento ocupado 85% por homens.
Para reverter esse cenário foram criadas cotas eleitorais, que são regras institucionais, formatadas em leis e normas que devem ser cumpridas pelos partidos políticos, para reequilibrar a democracia e permitir que as mulheres plurais possam participar ativamente da política. São mecanismos de reparação e redistribuição das condições de disputa, aplicados com muito sucesso na América Latina e por todo o mundo.
No Brasil, as principais ferramentas são a obrigação dos partidos preencherem o mínimo de 30% de candidaturas de mulheres, de financiamento de campanha para elas (com proporcionalidade de raça) e de tempo de rádio e TV. Há também a obrigação de investir 5% do Fundo Partidário em ações de fomento à presença das mulheres na política (em tempos não eleitorais) e a nova regra, em que o voto em mulheres e pessoas negras contará o dobro, para fins de distribuição do Fundo Eleitoral a partir deste ano até 2030.
Ao longo dos anos o sistema de cotas vem sendo aperfeiçoado, por muita pressão do movimento de mulheres, mas ainda não funciona como deveria por falta de fiscalização e pela resistência máxima dos partidos em cumprir as regras e compartilhar o poder. A cada eleição as legendas buscam novas formas de burlar a lei e não apoiar devidamente as mulheres e pessoas diversas. Este ano, por exemplo, o Congresso (formado por representantes dos partidos), aprovou a não punição às legendas que descumpriram regras das cotas. A impunidade é um fator que retarda o avanço dos direitos políticos femininos, pois as pressões na forma de multa e punição não são realidade.
Fonte: Congresso em Foco
O quadrinho a seguir foi feito por Julia Hauser, Guti, de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
Julia Hauser, Guti, é artista visual de Porto Alegre (RS) e faz história em quadrinhos desde 2017. Seu trabalho aborda temas autobiográficos como autoestima, relacionamentos interpessoais, crítica social e seres fantásticos em contraste à condição ordinária do bicho humano, sendo sempre permeado por humor ácido e de tiozão.
Siga: @guti.guti.guti
Ela também fez essa releitura da personagem da MHQ:
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