Adriana Melo, contos de fadas em quadrinhos, Tina – Respeito
Newsletter da Mina de HQ #8
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Olá!
Quero começar contando que a quadrinista Ellie Irineu agora é assistente editorial da Mina de HQ. =) Artista de Campo Grande – MS, ela já foi publicada em Portugal pela Sapata Press, na Argentina como parte da coletânea Historietas Trans 2018, e organiza a coletânea Histórias Quentinhas Sobre Sair do Armário.
Tenho um time muito especial de colaboradas pontuais e estratégicas, que acreditam nesse projeto e estão caminhando junto com a Mina de HQ: Kelly Cristina Spinelli, responsável pela edição dos vídeos no canal, Terra Roxa Filmes, produtora que fez todas as filmagens, Mariana Lemos, nossa consultora para estratégia comercial, e Manzanna, criadora da identidade visual.
Todo trabalho independente precisa da colaboração do público para continuar sendo realizado. Você apoia financeiramente as artistas que curte e acompanha? Então, que tal apoiar a Mina de HQ? Temos uma campanha de financiamento coletivo que agora está dividida em metas, para que eu possa continuar escrevendo essa newsletter, passe a remunerar as colaborações, grave mais vídeos para o Youtube etc. Você pode contribuir com a partir de apenas R$ 5 por mês. Te faço o convite de ver encarar esse tipo de apoio como um investimento. Cada realzinho faz toda a diferença! =)
A quadrinista brasileira Adriana Melo levou um prêmio Eisner, na categoria melhor antologia! Ela é uma das autoras reunidas em Puerto Rico Strong, coletânea publicada para levantar fundos para auxiliar as vítimas do furacão Maria, que atingiu o Porto Rico em 2017. Clique aqui para ver a lista completa de vencedores
Enquanto isso, Ju Loyola foi premiada pelo Silent Mangá Audition, importante premiação de mangás, por I’ll be back, que tem roteiro de Kaji Pato.
Por falar em prêmios, saiu a lista de indicados ao 31º Troféu HQ Mix. Esse é um prêmio importante. Por isso, estamos sempre alertas em relação à diversidade tanto entre as indicações, quanto entre a equipe de jurados. Desde a edição de 2015, que gerounotas de repúdio e protesto de organizações de artistas mulheres, os organizadores do evento dizem buscar mais diversidade, tanto entre as indicações quanto no conselho.
Mesmo assim, este ano, dos 8 jurados, apenas 2 são mulheres, só uma pessoa negra, 1 oriental e nenhuma LGBT+. E isso, inevitavelmente, reflete nas indicações. Na categoria de roteirista, por exemplo, os 10 indicados são todos homens brancos e heterossexuais. Na categoria de desenhista, das indicações só tem um mulher e o restante são homens heterossexuais e quase todos brancos. A jornalista e quadrinista Cecília Marins listou as artistas indicadas no site da Mina de HQ – e ainda fez ilustrações lindas para a matéria!Clique aqui para ler
Enquanto isso, o 35° Troféu Ângelo Agostini reconheceu o trabalho de mulheres em seis das 10 categorias. Estão entre as premiadas Melissa Garabeli, Cris Peter, Rebeca Prado, Carol Andrade, Ciça Pinto e Gibi de Menininha.
Estão abertas as inscrições para o Women Cartoonists International Award 2019, primeiro festival internacional de quadrinhos dedicado apenas a mulheres artistas.
Até 14/08 é possível fazer as inscrições para a Feira Des.Grafica, projeto que celebra e promove a vasta produção de publicações e quadrinhos independentes nacionais. O evento vai acontecer em outubro, no Mis, em São Paulo.
Eu estava ouvindo o podcast da Publishnews com o jornalista e editor Cassius Medauar sobre o mercado de quadrinhos no Brasil e eu fiquei pensando, o digital mesmo é o caminho do futuro? De que maneira as pessoas que fazem HQs estão realmente criando pensando nas plataformas digitais? Uma das coisas faladas no podcast é que o digital é uma solução no cenário atual em que as casas estão cada vez menores, enquanto a produção de quadrinhos, principalmente os independentes, só tem crescido. Será mesmo que as publicações exclusivamente digitais vão se tornar realmente rentáveis?
Vocês viram a capa de Tina – Respeito, novo título da Graphic MSP, feita pela quadrinistaFefê Torquato, né? Eu AMEI! Sempre adorei a personagem e adoooro o trabalho da Fefê. A previsão do lançamento é para setembro, na Bienal do Livro, no Rio de Janeiro. Estou ansiosa, rs. Como sempre, já começaram a pipocar haters, gente dizendo que virou lacração, o blá blá blá de sempre. As pessoas nem leram a história e já estou reclamando. Até quando, gente? No Twitter, a Fefê levou no bom humor a comparação que fizeram com a nova versão de She-Ha, de Noelle Stevenson: “fiquei MÁXI lisonjeada com a comparação“.
Outro lançamento legal, que já está nas livrarias, é Na Floresta, coletânea da Editora WMF Martins Fontes, que reuniu seis artistas latinoamericanos para recontar seis contos dos Irmãos Grimm. Oportunidade boa de ver o trabalho de María Elina Mendez,Power Paola e Decur.
No site da Mina tem uma cinco webtiras feitas por mulheres para acompanhar.
Para quem quer usar HQs em sala de aula, a Universidade Aberta do Nordeste (Uane) da Fundação Demócrito Rocha (FDR) oferece o curso online Quadrinhos em Sala de Aula, que tem um preço superacessível. São 12 fascículos, 12 videoaulas, 12 radioaulas (em podcasts), 4 webconferências (gravadas), exercícios, conteúdo extra – com certificação.Clique aqui para se inscrever
E uma dica boa para ampliar seu repertório: Lesboteca, a biblioteca das lésbicas.
⭐ Recebidos:
Pequenas felicidades trans, de Alice Pereira. O livro foi financiado por uma campanha no Catarse e compila tirinhas autobiográficas da artista, que retratam sua transição. Adoro o traço e a narrativa da Alice. É meio impossível terminar o livro sem empatia pelas pessoas transexuais. No melhor estilo “não entendeu? quer que eu desenhe?”.
Livres e iguais, projeto da Mol Editora e do Quebrando Tabu. Também financiado por uma campanha no Catarse, reúne 30 cartões ilustrados sobre a declaração universal dos direitos humanos. Conta com o trabalho de artistas como Laerte, Ana Matsuaki e Priscila Barbosa.
Duplo eu, das quadrinistas francesas Navie e Audrey Lainé. Lançada no Brasil pela editora Nemo, essa graphic novel fala sobre amor próprio, gordofobia, obesidade e aceitação do corpo. Traço lindo, com um uso muito interessante de cores e espaços.