Maternidade, política, pornografia
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Olá!
Estamos vivendo um momento político bem crítico no Brasil. E os cartuns, charges e quadrinhos políticos ganham cada vez mais força e um papel importante na discussão e na conscientização da população, como tem acontecido na mobilização de ilustrar fatos como os incêndios na Amazônia, o assassinato de Ághata Félix, os absurdos ditos por quem está no poder, a violência policial no Rio de Janeiro…
Laerte deu uma entrevista bem bacana para o Nexo falando sobre como o humor gráfico evoluiu no Brasil. “A minha opinião pessoal é que os chargistas têm feito o que podem [risos]. Mas é difícil… Quando você olha a produção de charges pré AI-5 você nota ali a existência de um chargista que é quase um colunista de jornal. Ele tem um espaço de opinião e essa função varia muito dos jornais. Não sei dizer se a gente, os chargistas, estamos respondendo de forma eficiente, mas isso também me faz pensar o que é uma charge eficiente.”
Por falar em política, Ellie Irineu conversou com Helô D’Angelo, jornalista e quadrinista, que vem se destacando por suas tirinhas que falam sobre feminismo, direitos humanos e, claro, política. Helô acaba de lançar sua primeira HQ longa, Dora e a Gata, financiada coletivamente pelo Catarse, numa campanha que alcançou 196% da meta inicial e garantiu a impressão de uma primeira tiragem com 2 mil exemplares.
Ellie, que é quadrinista e assistente da Mina de HQ, entrevistou também Diana Salu, autora de Cartas Para Ninguém, livro lançado pela Padê Editorial, que mescla poesia e desenho, levando o leitor numa viagem através da vivência da autora com a transgeneridade e lesbianidade.
Amazônia é cenário das premiadas histórias em quadrinhos de Belém do Pará.
Dessas coisas lindas de se ver, Marília Marz, autora da HQ Indivisível, ilustrou o poema “Vozes-mulheres”, de Conceição Evaristo, para a Revista Cult. E Lovelove6 ilustrou o conto “O tantra e a arte de cortar cebolas”, de Iara Biderman, para a Revista Piauí. Já Aline Zouvi assina a capa da próxima edição da revista Café Espacial. Já está rolando a pré-venda!
Já está rolando também a pré-venda de TABU, publicação da Editora Mino, com histórias de Amanda Miranda, Jéssica Groke e Lalo.
Os quadrinhos de Joëlle Jones, no Delirium Nerd: De bartender à ilustradora profissional, onde trabalhou para a empresas como Marvel e DC, a artista subverteu o cenário dos quadrinhos atuais com sua personagem Josie Schuller, uma assassina de aluguel que incomodou muitos homens na vida real.
Para pensar a pornografia nos quadrinhos mainstream de heróis, no Minas Nerds.
As heroínas negras dos quadrinhos de Alitha Martinez.
Aline Lemos divulgou a sinopse de Fogo Fato, sua primeira HQ longa, uma ficção científica e fantasia: a cidade de Limiar vive uma intensa modernização sob o governo da Autoridade Ultra Gestão & Tecnologia. Apesar dos triunfos tecnológicos, Limiar sofre com os crescentes conflitos envolvendo a população de fantasmas que passou a povoá-la misteriosamente. A história acompanha Cris, hacker e pessoa encarnada, e Mina, sua namorada fantasma, numa investigação sobre os incêndios que atingem os cemitérios da cidade.
Com a crise, quadrinistas brasileiros encontram nichos de publicação em Portugal.
Cinthia Saty, ilustradora e criadora das tirinhas Maternidade Sincera, deu uma entrevista sobre métodos de educação, como a disciplina positiva, para o podcast Família Feminista.
Depois de levar mais de 7 mil pessoas para o Capão Redondo em Março deste ano, a próxima edição da PerifaCon vai acontecer nos dias 11 e 12 de Abril de 2020, na Cidade Tiradentes, na Zona Leste de São Paulo.
Para comemorar: pela primeira vez o Trofeu HQMix teve 10 categorias com mulheres como vencedoras. No podcast Pauta Nerd, do Brasil de Fato.
A quadrinista inglesa Gemma Correll fez um quadrinho sobre a experiência de tomar remédios psiquiátricos: “É como jogar um jogo extremamente imprevisível com seu próprio cérebro – e o prêmio não é uma felicidade artificial, mas apenas um sentimento de normalidade.”.
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