Dica de HQ: digital e impressa
Já reparou como a internet vem mudando nossos hábitos e experiências de leitura?
Você costuma ler livros de histórias em quadrinhos também no formato digital? No celular, no computador, no Kindle… E gosta?
Tenho pensado muito em como a internet vem mudando nossos hábitos e experiências de leitura, assim como os processos criativos das pessoas que fazem HQs.
No final de semana passado peguei dois livros para ler, um digital e um impresso:
• Cais do Porto (2019), de Brendda Maria, publicado pela editora Conrad. Uma história de amizade, especialidade da autora, pelas ruas de Fortaleza, Ceará. Mudança, dores, memórias e reencontros. Ler os quadrinhos de Brendda é sempre uma viagem por cores lindas, perspectivas muito bem desenhadas e um traço delicado. Li no meu celular!
• 11:11 (2021), com HQs de Jéssica Groke, Lalo, Felipe Portugal e Diego Sanchez, publicação independente via financiamento coletivo. São quatro histórias de horror, que nos fazem pensar sobre a morte, desigualdades e a busca por respostas que talvez nunca teremos. O que mais gostei aqui foi como traço de cada artista faz com que a gente sinta aquela fisgadinha no estômago durante a leitura.
Gabriela Borges é jornalista, mestra em antropologia e curadora de conteúdo. Em 2015, criou a Mina de HQ, plataforma que se tornou referência para quem quer ler histórias em quadrinhos mais diversas, conhecer artistas mulheres e trans (homens, não bináries etc), e também criar estratégias de comunicação a partir das HQs. Mídia independente e feminista, é um dos mais relevantes canais sobre HQs e gênero no Brasil. Autora do livro Encuentre su Clítoris, pela Marca de Fantasia, e editora e co-organizadora da antologia Quadrinhos Queer, pela Skript.
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