As indicadas ao Troféu HQMIX 2020
Na edição de 2020, o Troféu HQMIX conta com 49 indicações que têm mulheres entre os autores das obras, espalhadas por diversas categorias
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Na edição de 2020, o Troféu HQMIX conta com 49 indicações que têm mulheres entre os autores das obras, espalhadas por diversas categorias
Há quem diga que o número de mulheres produzindo quadrinhos aumentou bastante e, embora não tenhamos dados oficiais para medir essa informação, nos últimos anos mais mulheres se aventuraram na produção de HQ. Um dos fatores que pode ter contribuído para isso é a constante atuação de coletivos formados por mulheres envolvidas com quadrinhos que não só divulgam os trabalhos dessas artistas, como também promovem eventos presenciais e virtuais no intuito de facilitar a troca de informações, a convivência e o conhecimento sobre diversos aspectos que envolvem a produção de uma HQ. A Mina de HQ é um desses coletivos.
Por isso, não poderíamos deixar de listar as mulheres indicadas ao HQMIX 2020, tanto como uma forma de ajudar os votantes a se lembrarem ou a conhecerem seus trabalhos, como uma forma de registro para que no futuro possamos ter dados e informações sobre a presença das mulheres em espaços que sempre foram tão masculinos.
Foram 1.162 itens inscritos em 32 categorias para disputarem o troféu. Jurados especialistas na área escolheram a média de 10 indicados em cada uma das categorias.
Neste ano o evento será realizado virtualmente no dia 12 de dezembro pelas redes sociais do SESC e os ganhadores serão anunciados no início de dezembro. A personagem homenageada pelo troféu é a Radical Chic, de Miguel Paiva. Mais informações no blog do evento: blog.hqmix.com.br/noticias/lista-de-indicados-hqmix-32
Aline Zouvi fez mestrado sobre as obras de Alison Bechdel. Colabora com o site Balbúrdia e faz cartuns para a Folha de São Paulo. Desde 2017, publicou diversos quadrinhos e zines, dentre os quais destacam-se Síncope (lançado na CCXP 2017, vencedor do Prêmio Dente de Ouro 2018 e finalista do HQMIX na categoria HQ Independente) e Óleo sobre Tela (UgraPress, 2018).
Seus trabalhos estão disponíveis em: @alinezouvi e behance.net/alinezouvi
Saiba mais: minadehq.com.br/afetos-em-tempos-de-pandemia
Apaixonada pela cultura de diversos países, Aline afirma que Pão Francês é uma mistura de quadrinhos e diário desenhado de viagem, mistura essa, que reflete um pouco sobre a relação cultural entre o Brasil e a França, de um jeito descontraído, sem buscar muitas respostas. (Via Mais qi nerds)
Amanda Miranda é quadrinista, ilustradora e designer nascida em 1995, no interior de São Paulo. É autora de Infestatio (2015), Hibernáculo (2018) e vencedora do Prêmio Dente 2019, de Melhor Quadrinho. Já ilustrou para clientes como The Intercept_ Brasil, Liniker, Os Caramelows entre outros. Seus trabalhos estão disponíveis em: @amandamirand_ e amandamiranda.net
Saiba mais: minadehq.com.br/as-escolhas-esteticas-de-amanda-miranda
JUÍZO é uma história em quadrinhos escrita e desenhada por Amanda Miranda, parte da coletânea TABU, publicada em 2019 pela editora MINO. Uma história que mescla body horror com um dos tabus que assolam mulheres desde a criação do capitalismo. A coletânea reúne 3 autoras que abordam temas considerados tabu em nossa sociedade e o preview de JUÍZO pode ser conferido na página da autora aqui: www.amandamiranda.net/juizo-tabu
Amanda Treze é formada em cinema de animação pela UFPel e trabalha com animação e storyboard. Seu curta-metragem Céu da Boca foi selecionado para a mostra Olho Neles, no Animamundi 2019, e agora circula em outros festivais de cinema do país. Publicou duas zines de forma independente, É por isso que roo unhas – Coletivo Leite de Cachorra e 2719-10 autopublicação exclusiva para as feiras de arte Crie como uma Garota no MIS e Ilustre Feira na Biblioteca Mario de Andrade, ambas em 2019.
Saiba mais: itaucultural.org.br/secoes/colunistas/quadrinista-expoe-traumas-brasil-outrora
Em sua primeira HQ da autora reflete sobre a cidade através de uma juventude zicada.
Brendda Maria é cearense e faz quadrinhos junto com o coletivo Netuno Press. Atua como Designer Gráfica, Ilustradora e Colorista, enquanto produz histórias sobre o cotidiano de pessoas com ansiedade. Seus trabalhos estão disponíveis em: brenddamaria.tumblr.com
“Em Cais do Porto a quadrinista divide os 10 anos de paixão, perrengues e apreço pela urbe alencarina. Entrega uma delicada obra, dedicada a refletir temas como a amizade, escuta ao próximo, apoio psicológico e os efeitos da cidade nas individualidades dos moradores. Na HQ acompanhamos as amigas Clara e Gi, que se reencontram por acaso após cinco anos sem contato. O encontro acontece em uma parada de ônibus. A dupla encara a linha “Cais do Porto”, uma referência ao ônibus que liga a Barra do Ceará à zona portuária de Fortaleza. No trajeto, as amigas dividem os dramas pessoais e as pequenas conquistas.” (Via Diário do Nordeste)
Carol Borges é uma ilustradora e quadrinista que nasceu e mora em São Paulo e, atualmente, trabalha como freelancer. Participou do curta EGREGORA como character designer, pela Split Studio; em campanhas para Faber-Castell Brasil (Fine Pen Colors e outras), pela agência Recheio Digital, e também ilustrou livros infanto-juvenis como Andurá e A Rainha e os Panos Mágicos. É co-criadora da Batatinha Fantasma, um projeto de quadrinhos sobre o dia a dia de um casal fofo e safado.
Seus trabalhos estão disponíveis em: @batatinhafantasma e @carolborgesart
Sucesso nas redes sociais, Batatinha Fantasma explora a vida cotidiana de Carol Borges e Filipe Remédios, um casal safadinho sempre de forma bem-humorada a partir de situações inusitadas ou simplesmente banais, gerando identificação imediata por parte de seus leitores.
Caru é formada em Letras pela USP, frequentou o curso de Histórias em Quadrinhos da ECA, ministrado pelo professor Waldomiro Vergueiro. A partir daí, Caru começou a participar de eventos de estudos sobre quadrinhos, onde conheceu Dani Marino, organizadora desta edição. Acredita que o trabalho de mulheres tem o poder de fazer grandes coisas acontecerem, unindo suas qualidades e gerando bons frutos. Hoje, trabalha com roteiro e edição de vídeos audiovisuais para YouTube, tem duas publicações com o SESC e dois projetos na plataforma Catarse em campanha, ambos como roteirista. Seus trabalhos estão disponíveis em: @carumoutsopoulos
Carol se formou em Letras pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Atualmente, trabalha com roteiro e edição de vídeos audiovisuais para o YouTube, tem um projeto de jogo no grupo de desenvolvimento de jogos da USP, USPGAMEDEV, teve participação em duas antologias publicadas pelo selo SESC – uma em fase de impressão e outra chamada ZERO – e possui um projeto autoral no catarse intitulado A Cabana. Também criou recentemente seu próprio canal, onde milita um pouquinho, fala sobre filmes e faz poesias e piadas. Caroline, amante da literatura, de quadrinhos e do universo audiovisual, agora é escritora, roteirista e quadrinista. Seus trabalhos estão disponíveis em: @cafavret_ e @5aparede
Em A Cabana, o feminicídio é usado como uma justificativa para as suas ações, mas sem a romantização da violência. A principal mensagem da HQ é que nem tudo é o que parece e que muitas vezes nossas primeiras impressões são equivocadas. Principalmente, é um trabalho que indica profundo conhecimento de quadrinhos por parte de seus autores, pois o que mais chama atenção no material é justamente sua qualidade gráfica que nem de longe denunciaria que esse é o primeiro quadrinho produzido pelas autoras. Saiba mais: http://minasnerds.com.br/2020/01/21/feminicidio-nos-quadrinhos-a-perspectiva-feminina-nas-hq-nacionais/
Cecília Ramos é ilustradora, cartunista, oficineira e palestrante residente no Rio de Janeiro. Bacharelanda em design Gráfico na UFRJ, ficou conhecida em 2016 pela página Cartumante nas redes sociais. É autora do livro Memes São a Salvação e atualmente trabalha como ilustradora freelancer e expositora em eventos.
Seus trabalhos estão disponíveis em: @Cartumante
Como o próprio nome diz, a autora explora situações reais e às vezes políticas, em forma de memes com bastante ironia. A série, assim como as outras mencionadas aqui, geram bastante identificação com o público por abordarem temas atuais de forma cômica. Saiba mais: minadehq.com.br/mina-convida-cartumante
Chairim Arrais é Paulistana, mas vive no interior de São Paulo, na cidade de Limeira. Formada em Design Gráfico pela UNIP de Campinas, trabalhou em Agências de Publicidades por vários anos. Atualmente, trabalha como ilustradora, colorista e com tatuagem. Criadora das webcomics Crisálida, Purple Apple e As Aventuras da Bruxinha Mô, Chairim sempre foi apaixonada por quadrinhos e animações, desenhando e ilustrando sempre, em vários estilos, do infantil ao adulto. Publicações impressas: A Última Lenda (2008), As Aventuras da Bruxinha Mô (2013), As Aventuras da Bruxinha Mô 2 (2014), Livro de Conselhos do Gato Darazar (2015), Mare Rosso 2016, Red+18 (2018) e Além do Vermelho (2018). Seus trabalhos estão disponíveis em: @chairim_ (Instagram) e chairim.com.br
Saiba mais: minadehq.com.br/fibromialgia-com-humor e minasnerds.com.br/2018/05/21/red-hq-erotica-produzida-por-brasileira-ta-tendo-18
E8 é um crossover entre História em Quadrinho e Música! Criado junto com a banda de Rock Espiral 8, a HQ conta com 8 histórias desenhadas pela Chairim inspirada em oito músicas compostas pela banda Espiral 8.
Durante sua trajetória acadêmica na Universidade Federal do Rio de Janeiro, no curso de Comunicação Visual Design, embarcou ainda mais na animação e nas histórias em quadrinhos. Além disso, a narrativa falou muito alto em seus trabalhos, onde sempre arranjou um jeito de contar alguma história. Formou-se em 2016 com o projeto Os Zeladores do Tempo, uma série de ficção científica infanto-juvenil de quadrinhos que junta outras mídias. Paralelamente à criação desse projeto, ela começou a publicar, em sua página do Facebook e Instagram, tirinhas com sua personagem principal: ela mesma. Já trabalhou em dois dos maiores estúdios de animação do Rio de Janeiro e pretende continuar desenhando e publicando suas criações.
Seus trabalhos estão disponíveis em: @corottoni (Instagram) e @ottonicora (Facebook)
Saiba mais: culturanerdegeek.com.br/corenstein-da-cora-ottoni-hq-nacional
É uma coletânea de tiras cômicas sobre o cotidiano e sobre situações que a autora vive, envolvendo suas crises existências de maneira muito divertida.
Dani Marino é pesquisadora de quadrinhos especializada em questões de gênero e produção feminina de HQ. Mestra em comunicação pela ECA/USP, também é membro da Associação de Pesquisadores em Arte Sequencial, a ASPAS. Contato: [email protected] e @marino.dani
Laluña Machado é graduada em História pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, foi uma das fundadoras do Grupo de Estudos e Pesquisas “HQuê?” – UESB no qual também foi coordenadora entre os anos de 2014. Sua pesquisa acadêmica tem como foco a primeira produção do Batman para o cinema na cinessérie de 1943, considerando as representações da Segunda Guerra Mundial no discurso e na caracterização simbólica do Homem Morcego. Contato: [email protected]
A obra que reúne mais de 120 mulheres envolvidas com quadrinhos no Brasil, incluindo várias indicadas ao HQMIX desse ano e a editora da Mina de HQ, Gabriela Borges, tem o intuito de desmitificar a ideia de que mulheres não estejam envolvidas com quadrinhos no país. Entre roteiristas, desenhistas, jornalistas, pesquisadoras, letristas, o livro de mais de 500 páginas apresenta histórias em quadrinhos inéditas, depoimentos entrevistas em uma produção pioneira e extremamente representativa, pois contempla autoras de todas as regiões do país, de todas as etnias e orientações sexuais. Com uma diversidade de traços e temas, Mulheres e Quadrinhos (ed. Skript) já se tornou uma referência acadêmica em diversos trabalhos de conclusão e teses.
Entre as autoras estão iniciantes que nunca haviam publicado trabalhos impressos antes e veteranas já consagradas pelo público. Para saber mais sobre elas, confira a lista no Catarse: https://www.catarse.me/mulheresequadrinhos (Alcançou mais de 150% da meta em duas semanas de campanha)
Saiba mais: minadehq.com.br/mulheres-que-fazem-historias-em-quadrinhos
Em parceria com Sofia Nestrovski, fez o livro Viagem em volta de uma ervilha (Veneta, 2019, no prelo) e o zine Minha casa está um caos (2018), vencedor do edital de 2018 da Feira Des.Gráfica, no Museu da Imagem e do Som de São Paulo. Publicou o zine autobiográfico Quase um ano (2017, indicado na categoria “novo talento – desenhista” no 30º troféu HQMIX) e o gibi Quartabê lição #2: Dorival (2018), por encomenda da banda Quartabê, para acompanhar um disco de canções de Dorival Caymmi. Em 2019, desenhou o zine Escuta mútua, projeto da Clínica Pública de Psicanálise. É também ilustradora de divulgação científica da revista Quatro cinco um. Colaborou com o jornal The Intercept Brasil como ilustradora em 2019 e, em 2018, criou o postal n. 4 da Série Postal, editada por Ramon Vitral. É formada em design gráfico pelo Centro Universitário Belas Artes.
Seus trabalhos estão disponíveis em: @dsalles
“Com a narrativa em primeira pessoa, na história em quadrinhos autobiográfica, Sofia Nestrovski conta sobre si e sua jornada de “ser alguma coisa”. A partir das vivências com sua gata, Princesa Ervilha, e da literatura que a rodeia cotidianamente, toda a narrativa é um processo muito gostoso de ser lido, de maneira leve, em que as reflexões da autora sobre si mesma trazem reflexões para o leitor, afinal, todos estamos em algum nível buscando “ser alguma coisa”.
Uma das influências das autoras foi o poeta inglês William Wordsworth, que escreveu poemas autobiográficos e foi o foco da dissertação de Sofia Nestrovski para seu mestrado em Estudos Literários na USP. O mestrado da autora também é um processo interessante na HQ, que está presente em diversos pontos da narrativa e que dialoga com todo o restante, inclusive com sua gata, e que de certa forma mostra não apenas a imersão que esse tipo de pesquisa exige, como também o quanto ela é um processo de leituras, repertórios e tempo.” (Via Natália Sierpinski para Minas Nerds)
Saiba mais: minasnerds.com.br/2019/08/01/atravessando-fronteiras-a-partir-da-literatura-viagem-em-volta-de-uma-ervilha
Eliane é professora há 21 anos e leva sua experiência em sala de aula para as HQs e para os livros infantis. Em 2018, lançou a HQ “Inventices”, voltada para o público infantil, com a história de Duda e seu ursinho de pelúcia, Uxo. Como escritora, Eliane publicou eus contos e poesias nas coletâneas Trilha de Lótus, Extremo – Contos sobre o fim do mundo e Expresso 666 – Contos sobrenaturais, de suspense e de terror. Siga: @eliane_bonadio
Hologramas conta a história de Breno, um homem de vida pacata, com família e trabalho estáveis. Tudo ia bem, até que ele descobre que sua vida é uma mentira e que a Terra está prestes a ser invadida por uma raça alienígena superior. Agora, Breno tem que sobreviver e avisar seu mundo que os alienígenas estão chegando. Pode ser adquirido no site da Ugra: www.ugrapress.com.br/produtos/hologramas
Saiba mais: proibidoler.com/quadrinhos/critica-resenha-hq-hologramas
Estela Kuntz nasceu e cresceu em Curitiba – PR, começou a desenhar com 4 anos e nunca mais parou. Formou-se em Licenciatura em Artes Visuais pela UFPR em 2015 e, atualmente, trabalha como designer, faz quadrinhos, toca ukulele, anda de bicicleta, devora livros e tem crises existenciais nas horas vagas. Seus trabalhos estão disponíveis em: @larkness_ (Instagram) e @larknessart (Facebook)
Suas tiras consistem em pequenas histórias sobre fantasmas que representam aspectos de personalidade, questões psicológicas e vozes internas. Com temática existencialista, a tiras exploram diversos aspectos do cotidiano da personagem principal a partir de uma perspectiva psicológica, questionadora e muitas vezes, cômica.
Fefê é uma quadrinista catarinense que começou a desenhar ainda criança e nunca parou. Iniciou a carreira como ilustradora em 2011 e, no mesmo ano, nasceram seus primeiros quadrinhos e personagens. Sua primeira graphic novel, Gata Garota -Vol. 1, foi publicada pela Editora Nemo, em 2015, e em seguida publicou de forma independente o quadrinho Estranhos. Depois de dois anos se dedicando exclusivamente à ilustração e ao estudo de aquarela e técnicas tradicionais, ela retorna em 2019 aos quadrinhos com Tina – Respeito.
“A história de Tina – Respeito, criada toda em aquarela por Fefê Torquato para o selo Graphic MSP, mostra a vida de Tina recém-formada trabalhando na redação de um jornal, seu maior sonho. Aparecem Pipa, Zecão e Rolo, além de novos personagens, como o chefe que a assedia, sua mãe e sua amiga Kátia. Toda essa turma ainda cria espaço para outros temas como acolhimento, sexualidade, racismo e aceitação do corpo. É uma história urgente, que nos faz pensar sobre todos os abusos sofridos por nós, mulheres. E ler tudo isso nas páginas de um livro da turma mais famosa do Brasil é importantíssimo. E sabe de quem é o texto de apresentação? Jout Jout! Um clássico para ter na estante.” Saiba mais: minadehq.com.br/resenha-tina-respeito e minasnerds.com.br/2019/09/06/tina-respeito-chega-em-boa-hora
Gabriela Antonia Rosa é escritora, roteirista, bibliófila e graduada em Letras na UFPR, com especialização em Escrita Criativa pela PUC-RS. Apaixonada por narrativas desde antes de aprender a ler, nos últimos anos ela tem dedicado seu tempo ao estudo das conexões entre a literatura e o cinema. Quando não está às voltas com roteiros, editais ou preocupada com os textos que produz carinhosamente para a Escola Revolution, ela escreve contos e organiza eventos literários. Seus textos já ganharam alguns prêmios literários e receberam destaque do coletivo Leia Mulheres e do Sweek. Seus primeiros textos em livro foram lançados em maio de 2018, pela Editora Zouk. (via escrevo.etc.br)
“Na história em quadrinhos, crianças são treinadas para defender o seu país, onde guerreiras são escolhidas em uma cerimônia especial. No processo de pesquisa de escrita, Gabriela se inspirou em livros como O Conto da Aia, de Margaret Atwood, e em Filmes como “Madmax, a Estrada da Fúria”. “Também gostei muito de ler mais histórias em quadrinhos, gênero que eu não lia tanto, e, gostei muito desse processo de leitura e pesquisa. Tivemos uma criação colaborativa em Shimra. A troca com o Victor foi muito significativa, pois ele ia pensando em cima do que eu escrevia, em como poder retratar aquilo de uma outra forma”, explica a roteirista.” (via banda b) Saiba mais: bandab.com.br/cultura/cutucada-cultural/artes-visuais/gibiteca-de-curitiba-recebe-exposicao-e-lancamento-de-hq-sobre-meninas-guerreiras
Gabriela é jornalista-quadrinista, autora da HQ Quatro Cantos de Um Todo, e da hq-reportagem Filhas do Campo. Trabalha com narrativas reais em quadrinhos e já produziu matérias para a Mina de HQ. @fenggler
No final de 2019, ela lançou seu segundo trabalho, o livro São Francisco, que mistura jornalismo, HQ e fotografia, em parceria com o fotógrafo João Velozo. “A narrativa passa por três questões: a água, a seca e a transposição”, explica a autora. O projeto, segundo ela, é resultado de viagens que a dupla fez por cidades nos estados de Pernambuco, Bahia e Paraíba. (Via Universa) Saiba mais: revistaogrito.com/hq-brasileira-sobre-o-rio-sao-francisco-une-quadrinhos-jornalismo-e-fotografia
As biografias das 13 autoras, várias delas ganhadoras de prêmios como o HQMIX e com trabalhos de grande expressão no mercado nacional, podem ser conferidas na página do financiamento da HQ Gibi de menininha 2: catarse.me/Gibi_de_Menininha_2
O primeiro volume de Gibi de Menininha foi muito bem recebido por leitores e leitoras e levou HQMIX e Angelo Agostini em 2018. A coletânea traz diversas histórias picantes sob a perspectiva feminina a partir de diversos traços e temas.
Artista de Minas Gerais, Gio Guimarães trabalhou no estúdio de animação 2DLab e, posteriormente, o Copa Stúdio, em séries de TV como Historietadas Assombradas para Crianças Malcriadas, Tromba Trem, ambas exibids pela TV Brasil, e Irmão do Jorel, exibido por Cartoon Network e Netflix. Em 2015, participou da CCXP pela primeira vez, e logo em seguida se mudou para São Paulo para trabalhar na Cool Mini or Not, empresa de jogos, onde ainda atua como ilustradora. Siga: @gio_sketchingfox
Hologramas conta a história de Breno, um homem de vida pacata, com família e trabalho estáveis. Tudo ia bem, até que ele descobre que sua vida é uma mentira e que a Terra está prestes a ser invadida por uma raça alienígena superior. Agora, Breno tem que sobreviver e avisar seu mundo que os alienígenas estão chegando. Pode ser adquirido no site da Ugra Press: ugrapress.com.br/produtos/hologramas
Saiba mais: cantodogargula.com.br/2020/03/18/artista-gio-guimaraes
Helô D’Angelo é jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e quadrinista. Em suas reportagens em quadrinhos, tenta unir essas duas paixões. É autora de Quatro Marias – uma reportagem em quadrinhos sobre as realidades do aborto no Brasil” e co-autora das reportagens gráficas Assédio no volante, publicada na revista Fórum, e Cinerótico – a história dos cinemas pornô do centro de São Paulo, do Huffington Post. Também é autora de Dora e a Gata, publicação independente financiada pelo Catarse em 2019, da webcomic Isolamento e criadora da série de tirinhas Helozinha.
Com tirinhas didáticas e em tom sarcástico, Helô explora questões políticas e cotidianas a partir de uma perspectiva feminista. Saiba mais: minadehq.com.br/quadrinhos-politicos-de-helo-dangelo
Imagina se você, quando se descobre LGBT, em vez de conhecer apenas histórias tristes que te lembram sobre como o mundo pode ser cruel, tivesse acesso a narrativas quentinhas, que te abraçam e te mostram que você não está sozinho. Imagina se te contassem que existe sim possibilidade de felicidade em você ser quem você realmente é! Pois é exatamente isso que essa coletânea de quatro histórias curtinhas traz pra você. As autoras, todas LGBT, garantem que cada HQ tenha um final feliz: Annima de Mattos, com a história Lua Crescente, Aline Lemos, com a história E Daí?, Ellie Irineu, organizadora do livro, com a história Melhores Amigas, Renata Nolasco, com a história Meia da Sorte. O prefácio é de Gabriela Borges, criadora da Mina de HQ. Para saber mais sobre o livro: freakmarket.com.br/games/autores/historias-quentinhas-sobre-sair-do-armario
Possui graduação em Licenciatura em Artes Visuais pela Universidade Regional do Cariri (2016).
O livro apresenta algumas mulheres artistas do estado do Ceará, que se dedicam, com muito talento, à produção de histórias em quadrinhos. Da capital ao sul do estado, passando pela região do Cariri, várias dessas quadrinistas vêm desenvolvendo trabalhos impressos, digitais, pesquisas acadêmicas, além de organizar eventos importantes para falar sobre o assunto. A união feminina se faz presente entre elas, vivendo o empoderamento nesse meio artístico muitas vezes tão resistente à presença de mulheres artistas.
Juliana Fiorese, ilustradora, formou-se em Arquitetura e Urbanismo (Unipê/2009), Design Gráfico (Estácio/2013), e pós-graduou-se em Comunicação e Marketing para as Mídias Digitais (Estácio/2015). Em 2018 publicou sua primeira HQ Clara Carcosa. Em 2019 publicou a HQ Lenora. Em 2020 publicará sua terceira HQ Fran. Em 2019 participou da Artist’s Alley da CCXP 19 (Comic Con Experience). Possui na bagagem participação no livro Mônica(s), publicado pela Maurício de Sousa Produções; no projeto internacional The Alice’s Adventures in Wonderland Project, publicado na China pela editora Wisdom Edition AS; ilustrações de livros (para as editoras Record, Melhoramentos, Universo dos Livros, Memória Visual e Grafset) e 5 livros publicados de maneira independente, a maioria através de crowdfunding. Participou de exposições coletivas e realizou a sua primeira exposição individual: O Canto Celestial do Oceano Infinito. Suas ilustrações trazem elementos de ambientes fantásticos misturados com quimeras, cores vivas e ares de magia, permeando o universo dos sonhos e da fantasia, retratados sempre através de suas Personagens de Olhos Grandes. Procura, por meio dos detalhes e das cores fortes, resgatar sentimentos alegres e nostálgicos das pessoas que apreciam cada obra. Combinando técnicas clássicas de desenho (nanquim e grafite) com misturas de cores e colagens (digitais), expressa todo o amor que sente por seu trabalho. Em 2017 ganhou medalha no Prêmio Alumni, oferecido pela Faculdade Estácio, como melhor aluna, pelo exemplo de cidadã que tornou-se e pelo destaque na área de atuação. Seus trabalhos podem ser conferidos em sua página: www.behance.net/julianafiorese
Lenora é uma adaptação em quadrinhos do poema Lenore de Edgar Allan Poe.
Majory é uma quadrinista e ilustradora de São Paulo. Autora de HQs premiadas como Ralo e Asilo, concorre mais uma vez no HQMIX com Caroço de Abacate. Siga: behance.net/majorylissf138
Caroço de Abacate é a história de um garoto que tem uma experiência mágica em sua vida com um abacate. Ainda na infância, uma catástrofe natural acontece e ele acaba se distanciando da fruta. Agora homem seu coração passa a bater novamente por aquela antiga memória.
Marília nasceu em São Paulo, SP; Marz em Eugene, Oregon. Marília aprendeu a desenhar, já Marz, aprendeu o poder transformador do desenho. Seja através de ilustrações ou histórias em quadrinhos, Marília Marz acredita que a vontade por trás de cada linha traçada é capaz de mudar, mesmo que só um pouquinho, nós mesmos e o mundo a nossa volta. Seus trabalhos podem ser conferidos em sua página: mariliamarz.com
Trabalho de conclusão de curso em formato de história em quadrinhos. Uma narrativa que discute a cultura negra e leste-asiática presentes no bairro da Liberdade, em São Paulo, e sua relação com o tempo e o espaço. O livro foi financiado pelo Catarse.
É formada em Artes Visuais pela Unesp e atua como ilustradora e quadrinista. Dedica boa parte do seu tempo como contadora de histórias e é também autora dos quadrinhos Vidas Imperfeitas, publicado pela editora HQM, e do premiado Black Silence, que foi publicado de forma independente. Produz conteúdo de arte para seu canal do youtube, como dicas, tutoriais, processos de pintura e ministra cursos para artistas aspirantes na esperança de poder inspirá-los. Entre seus prêmios e participações mais notáveis estão: Prêmio Globo de Melhor Design de Matéria pela sua participação como ilustradora na revista Casa & Jardim (2017), Troféu Angelo Agostini de Melhor Desenhista por Black Silence (2017) , recebeu indicação em 3 categorias do Prêmio HQMIX por Black Silence (2017) e foi convidada pela Embaixada Brasileira a participar da Feira do Livro de Gotemburgo, na Suécia (2017). Seus trabalhos estão disponíveis em: marycagnin.com
A história de Bittersweet, disponível para ser lida gratuitamente no site da autora, trata de temas como conflitos familiares e de amizade, bem como descobertas, busca pela identidade, sexualidade e depressão. O principal objetivo foi criar personagens com os quais o público possa se identificar, em especial o público LGBT. Mary não queria criar mais uma história baseada em tragédia, então sua principal mensagem é de amor e esperança. A adolescência é um período de dúvidas e transformações, e ela procurou focar nestas questões.
Saiba mais: minasnerds.com.br/2017/01/27/black-silence-de-mariana-cagnin
Milena Azevedo é Mestre em História (Unisinos/RS), já foi professora e empresária, e atua há treze anos com histórias em quadrinhos. É colunista do Substantivo Plural, resenhista do Universo HQ, autora de Haole, idealizou ainda o projeto Visualizando Citações, e atuou como roteirista e editora das coletâneas Fronteira Livre e Amor em Quadrinhos, ambas finalistas da categoria Quadrinho Alternativo nos Festivais de Angoulême de 2015 e 2018. Milena também organiza e presta curadoria para eventos de cultura pop na cidade do Natal. milenaazevedome.tumblr.com
A história é um misto de trama de educação com drama social, na qual o protagonista passa por uma mudança profunda sobre si mesmo ao descobrir verdades sobre a Corporação à qual pertencia e sobre o sistema sócio-político vigente. Ele procurava sempre fazer o que era ditado pelas leis, acreditando ser um cidadão correto e honesto, até precisar encarar a realidade de frente, sem máscaras ou subterfúgios. Então, torna-se “penpengusa”, uma erva-daninha, cujo propósito maior será botar o dedo na ferida e fazer ver a todos os habitantes dos cinco países como funciona o jogo de poder dos representantes da Alta Cúpula das Corporações. Nesta jornada, ele irá contar com um grupo bastante heterogêneo, entre eles uma destemida jornalista, uma prostituta badass, um cientista foragido e um charmoso cadeirante. (Via Universo HQ)
Mylle é escritora, roteirista, editora e artesã. Trabalha com quadrinhos desde 2013 e participou ativamente na elaboração das HQs MAKI, Batsuman – Ano Um (e dois também) e PAF PAF. em 2015, junto com Yoshi Itice, deu início ao estúdio Manjericcão, ano em que editou a coletânea Fliperamas e desenvolveu o primeiro volume de A Samurai. Em 2015 ingressou no mundo dos quadrinhos como roteirista com o projeto A Samurai, uma HQ coletiva elaborada em parceria com oito quadrinista incríveis. A Samurai foi lançada no FIQ de 2015 e distribuída para todas as bancas do Brasil em parceria com a Tambor Quadrinhos. Em 2014, publicou seu primeiro trabalho, uma livro de contos intitulado A Sala de Banho, encadernado artesanalmente por ela.
“Elisa acaba de desembarcar no Japão para viver a aventura da sua vida: morar sozinha em um país distante. Sem saber falar japonês, ela descobrirá o poder do jazz em aproximar as pessoas. Doce Jazz é uma HQ sem falas sobre busca de identidade. Ambientada em cenários reais e narrada através da delicadeza do traço de Melissa Garabeli, é uma leitura para ser saboreada nos seus mínimos detalhes.” (Via BancaTatuí) Saiba mais: bancatatui.com.br/produtos/doce-jazz
Natália é bonequeira e ilustradora. Seus trabalhos podem ser conferidos em sua página: nataliavulpes.com
“A fábula criada por Vulpes traz inúmeros ensinamentos, sendo o principal deles, a aceitação do outro como ele é. Através de um horror muito bem dosado, assistimos ao sofrimento da protagonista. A partir dele, ela amadurece, descobrindo que todos temos peculiaridades e a vida é feita desses encontros. Precisamos aprender muito sobre respeito com a pequena Cris.” (Via Canto do Gárgula)
Saiba mais: cantodogargula.com.br/2020/07/21/a-casa-da-lua-cheia-de-natalia-vulpes
Rafaella é designer gráfico, formada pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, amante do design editorial e ilustração infantil, atualmente trabalhando como freelancer em São Paulo. Seus trabalhos podem ser conferidos em sua página: behance.net/rafaelavillela
Coletânea de tiras que falam do cotidiano e das ansiedades que o acompanham de forma muito divertida. Siga: @rafavillela.art
É ilustradora e quadrinista, formada em cinema de animação pela UFMG. Trabalha (brilhantemente) com ilustração para os mercados editorial e publicitário, é roteirista na Mauricio de Sousa Produções (poderosa) e professora na Casa dos Quadrinhos em BH, além de ser autora de vários volumes independentes, como a HQ Navio Dragão.
Seus trabalhos estão disponíveis em: behance.net/incbeka
Navio Dragão é uma preciosidade que todos deveriam conferir. As tirinhas abordam a vida de Lif, uma pequena Viking que de doce não tem nada. Sarcástica, ácida e com um humor afiado, Lif não se submete às convenções sociais e fala o que pensa. Menina de personalidade marcante como a Mafalda e a Mônica, arranca muitas gargalhadas de seus leitores.
Saiba mais: deliriumnerd.com/2016/08/18/entrevista-rebeca-prado-encontro-ladys-comics/
O projeto criado por Renata Rinaldi conta com prefácio de Sônia Bibe Luyten e capa de Simone Beatriz, do Studio Seasons, para a 1ª antologia independente brasileira de mangá shoujo com 6 histórias fechadas que abordam o Shoujo em diversas nuances, são histórias com aventura, descobertas pessoais, relacionamentos, mistérios, esporte, humor, magia e muita ousadia! Feito 100% por mulheres que buscam incentivar a produção de Mangás Brasileiros e fortalecer o Shoujo Mangá no Brasil.
Thaïs Gualberto, ou Kisuki, é formada em Arte e Mídia pela UFCG e criou a personagem Olga, a sexóloga taradóloga no fim de 2009. Foi uma das fundadoras do Coletivo WC (grupo quadrinistas paraibanos que publicou a revista Sanitário), da Inverna e foi colaboradora do Lady’s Comics. Dá aulas na área desde 2013 e teve uma exposição solo na Aliança Francesa de João Pessoa em 2014. Lançou em 2015 seu quadrinho Olga, a sexóloga, indicado ao Troféu HQMIX de Publicação independente de autor e publicou tirinhas nos jornais A União, Folha de S. Paulo e O Beltrano. Foi Chefe do Núcleo da Gibiteca da Fundação Espaço Cultural da Paraíba, onde deu aulas, idealizou o evento Quadrinhos Intuados e foi responsável pela Gibiteca Henfil, fundada em 1990. Atualmente faz parte dos grupos Políticas e Quadrilha.
Seus trabalhos estão disponíveis em: kisuki.me
“Nossa querida taradóloga também fala sobre anticoncepcionais (e seus danos à saúde), calcinha que não combina com sutiã, sobre engordar, moda, padrões de beleza, aborto. São muitas cenas de conversas que lembram as que experimentamos todos os dias com amigas e amigos, muitas delas conversas bêbadas, e aqui são praticamente todas sobre sexo, claro.
Olga, a sexóloga taradóloga começou a ser publicada na internet em 2009, no blog Kisuki. Dá para ler muita coisa por lá, mas para quem gosta de um livrinho, essa edição está gracinha, num formato quadradinho, gostoso de manusear. “(via Roberta AR)
Saiba mais: minasnerds.com.br/2016/01/26/olga-a-sexologa-sexo-humor-e-feminismo/
* Dani Marino é Mestra em Comunicação pela ECA/USP e pesquisadora de Quadrinhos e cultura pop especializada em questões de gênero. Integrante da Associação de pesquisadores em Arte Sequencial, a ASPAS, publicou diversos artigos e capítulos de livros no Brasil e no exterior, e é também uma das organizadoras do livro Mulheres e Quadrinhos, indicado em duas categorias no troféu HQMIX 2020.
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Dani Marino é especialista em histórias em quadrinhos e questões de gênero. Mestre em Comunicação e doutoranda em Ciência da Informação pela ECA/USP, também atua como professora de Literatura Inglesa. Ganhadora de 2 troféus HQMIX com o livro Mulheres e Quadrinhos, que organizou com Laluña Machado, já colaborou com diversos sites e canais especializados em cultura pop.