Resenha: Spinning
Patinação, competições, crises da adolescência e a descoberta do primeiro amor neste premiado livro da quadrinista norte-americana Tillie Walden
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Patinação, competições, crises da adolescência e a descoberta do primeiro amor neste premiado livro da quadrinista norte-americana Tillie Walden
Tem vezes que gosto de pegar uma HQ para ler sem saber muito da história. Foi o que aconteceu com Spinning. Tudo o que eu sabia era da genialidade da autora, Tillie Walden, quadrinista norte-americana de apenas 24 anos, e do prêmio Eisner 2018 na categoria livros baseados na realidade.
Foi até difícil escrever essa resenha, porque gosto de tentar passar a emoção que senti ao ler o quadrinho e Spinning me marcou muito. A obra integra a lista de melhores livros para adolescentes das bibliotecas de Nova York e Chicago. Nele, conta as memórias dos 12 anos em que foi uma patinadora dedicada e competitiva, como ela mesma explica na primeira página do livro. Entre os relatos estão sua relação com a pista de gelo, o amor e o desencanto com a patinação, os desafios das competições a relação com seus pais, as dificuldades da adolescência, bullying, frustrações, seu primeiro amor e os dilemas de se descobrir lésbica.
Tillie já publicou sete livros e ganhou vários outro prémios, como Los Angeles Times Book Prize, Ignatz e Broken Frontier. Seu traço é minimalista e ao mesmo tempo cheio de detalhes, com cores e jogos de luzes que fazem toda a diferença durante a leitura. É o exemplo claro de que para ler quadrinhos é preciso ler também os desenhos, com muita atenção.
A nota da autora na edição lançada em 2019 no Brasil pela editora Veneta diz: “O que mais me surpreendeu nesta obra, especialmente olhando para trás agora, é que acabou não sendo sobre patinação. Eu entrei nesta história munida de memórias de gel no cabelo e mães gritando, pronta para contar tudo sobre o decadente mundo dos jovens patinadores. Mas, a cada memória que eu colocava nas páginas, uma nova narrativa emergia. […] Eu sou o tipo de criadora feliz por fazer um livro sem ter todas as respostas. Não preciso entender todo o meu passado para desenhar quadrinhos sobre isso.”
Siga a artista: @tilliewalden
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