Dicas de HQs imperdíveis para ler
Uma lista de histórias em quadrinhos para ler nesse 08 de março, Dia Internacional da Mulher
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Uma lista de histórias em quadrinhos para ler nesse 08 de março, Dia Internacional da Mulher
Em 2022 foram publicados vários livros ótimos de histórias em quadrinhos feitos por mulheres, pessoas trans e não binárias. Uma prova disso foi a quantidade de artistas no Artist’s Valley da CCXP vendendo seus lançamentos. E muitos desses livros trazem reflexões interessantes sobre temas relacionados à construção do conceito de “mulher” (“Não se nasce mulher, torna-se”, como já dizia Simone de Beauvoir): angústias, medos, descobertas, transições de um grupo de pessoas que costuma ter menos acesso a direitos porque suas características são associadas à ideia de feminilidade e de feminino.
Para esse 08 de março, Dia Internacional da Mulher, sugerimos algumas leituras que tensionam temas tão importantes para toda a sociedade, deveriam ser debatidos no ano inteiro e lido por todas as pessoas – ATENÇÃO AQUI, HOMENS!
Quadrinho traz reflexões sobre autoestima e a forma como percebemos nossos corpos e nossas relações a partir da imagem que temos sobre nós mesmas.
Na série Novo Anormal, dois quadrinistas desenham suas reflexões sobre assuntos que se impõem em suas rotinas — e nas de todos nós.
É um conjunto de reflexões sobre a descoberta tardia da homossexualidade – se é possível medir tal “atraso”. A partir de experiências pessoais, a autora procura tratar, com leveza, questões relacionadas à heterossexualidade compulsória e ao que faz muitas pessoas lgbt+ demorarem para viver uma vida plena.
Amarras é uma reportagem em quadrinhos que busca contar a história dessa prática ao redor do mundo, e, sem tabus ou sensacionalismo, mostrar o dia a dia de pessoas que fazem parte da comunidade BDSM no Brasil. Nas 50 horas de entrevista usadas como base da HQ, eles discutem relacionamentos, amor, saúde e suas práticas, mostrando que o BDSM é mais que 50 Tons de Cinza.
Coletânea de 10 histórias que subvertem os contos de fada mais conhecidos a partir de um olhar erótico
O segundo livro do projeto Cartumante traz tirinhas publicadas nas redes sociais entre 2018 e 2022, além de conteúdo inédito sobre vários tipos de “transtornos”: relacionamentos, autoconhecimento, saúde mental… O financiamento da publicação via Catarse foi um sucesso, com apoio de mais de 1,7 mil pessoas.
Maria é uma garota de treze anos que acabou de mudar de cidade e começou a estudar na Escola Pública Paulo Freire, em São Paulo. Junto com a adaptação na escola nova, Maria enfrenta diversos desafios, pelo simples fato de ser uma menina. Assim, essa HQ aborda questões de gênero e sexualidade que acontecem no cotidiano, que muitas vezes passam despercebidas, ou que são vistas como “naturais” apesar de estarem envoltas de diversas micro violências, físicas ou emocionais.
Conhecida por seu estilo gore, Amanda mescla o horror dos anos 80 com o absurdo da realidade. HQ criada para o formato web e finalista do CCXP Awards, foi impressa posteriormente e possibilita várias reflexões sobre as fake news sobre as urnas eletrônicas que circulavam nos últimos anos.
O livro de estreia da quadrinista, Boa Sorte, arrebatou os leitores, e grande parte do público torceu por uma continuação, mas “Normal” é uma história completamente diferente. Normal é mais curta e voltada para o humor de uma situação absurda. O ponto em comum entre as duas é que as protagonistas são adolescentes lésbicas que ainda estão percorrendo o caminho para a autoaceitação, mas enquanto em Boa Sorte a descoberta da sexualidade era só mais uma coisa que a Julieta estava lidando, em Normal é o pesadelo da Clarinha e é o que desencadeia toda a história”.
A Travessia” é uma história de ficção científica e suspense protagonizada por um astronauta e uma misteriosa viajante perdida à beira de um buraco negro.
Gabriela Borges é jornalista, mestra em antropologia e curadora de conteúdo. Em 2015, criou a Mina de HQ, plataforma que se tornou referência para quem quer ler histórias em quadrinhos mais diversas, conhecer artistas mulheres e trans (homens, não bináries etc), e também criar estratégias de comunicação a partir das HQs. Mídia independente e feminista, é um dos mais relevantes canais sobre HQs e gênero no Brasil, premiada por dois dos principais troféus de quadrinhos do Brasil, HQ MIX e Angelo Agostini, e indicada ao Prêmio Jabuti. Autora do livro Encuentre su Clítoris, pela Marca de Fantasia, e editora e co-organizadora da antologia Quadrinhos Queer, pela Skript.
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