Colocando esses valores simbólicos já de cara, a história te abraça de forma gradual, exatamente como foram os processos pessoais de Aline. Podendo haver momentos de tanta imersão com suas memórias e como elas são distribuídas na narrativa que (eu) senti culpa como ela, senti cheiros, ouvi as músicas que são citadas, lembrei dos livros que são mostrados… e principalmente, sentir “a dor e a delícia de ser o que é”.
E para concluir eu gostaria de fazer isso em primeira pessoa, assim como Aline. Costumo não escrever sobre mim, na maioria das vezes eu escrevo sobre o que eu sei, não sobre o que eu sinto em si. Não Nasci Sabendo é um ato de coragem que eu não conseguiria ter, tanto que passei dias pensando em como poderia escrever esse texto, acabou que a parte da minha subjetividade venceu: a pesquisadora. Porém, as outras subjetividades sentem a gana e a potência dessa história…
E Aline… obrigada por se despir. Valeu a pena para todo mundo.

Referências Bibliográficas
KELLNER, Douglas. A cultura da mídia. Bauru, SP: EDUSC, 2001.